Essa foto, intitulada “Rei dos reis”, tirei lá no Cemitério de Santa Rita do Sapucaí. Achei perfeita pra ilustrar esse post.

Ando traindo a escrita com dúzias de imagens e, vitimada por séculos de cultura judaico-cristã, que me precedem a despeito de eu desejar esse peso em minhas costas, sinto-me culpada. Mas, ao mesmo tempo em que carrego a culpa, lembro de uma frase safadinha do ótimo Oscar Wilde, impressa em uma de minhas agendas de juventude. A danada dizia assim: “Eu resisto a tudo, menos às tentações”. HAHA. Não é redentora essa frase? Não parece que ela nos diz “Segura na minha mão, e vai?”. Eu fui. E tô achando ótimo (mesmo com a culpa a tiracolo).

A verdade é que estou num processo cansativo de transcrição de entrevistas para a biografia que estou escrevendo e, quando me dou conta, minha energia pra escrever poemas ou crônicas foi pra casa do chapéu. Daí eu paro tudo e vou bisbilhotar sites de fotografia. Fico horas babando, quase que literalmente, em álbuns de fotógrafos profissionais ou amadores, muitos deles maravilhosos, que tenho achado lá no Flickr.

Cada vez mais, vou descobrindo um novo mundo de possibilidades e um prazer renovador nessa mania de sair por aí fotografando. Como eu já disse aqui antes, a fotografia é um hobby recente e, como tal, tem a capacidade de trazer aquele frescor adolescente para meus dias já tão balzaquianos. E, vamos combinar que é delicioso sentir aromas juvenis sob o nariz da gente, né, não? Eu tava precisando. Muito.