A parte que me cabe neste latifúndio é o espetáculo do crespúculo, que sempre vence o cinza e inunda de beleza a paisagem que pode ser vista, com frequência, da varanda aqui de casa. O prédio em reformas, localizado entre minha visão e o céu, até que se esforça, mas não consegue tirar a magnitude da cena. No máximo, empresta a ela um quê de “poesia concreta”. E talvez seja assim porque acredito que na vida a gente vê aquilo que quer ver. E eu, definitivamente, vim ao mundo pra descobrir poesia, onde quer que ela esteja. E que assim seja. Amém!

Em tempo: fiz essa foto agora há pouco, após ter passado boa parte da tarde deste sábado finalizando a leitura de um livro, na cadeira de balanço da minha varanda. Ter esse tempo disponível (coisa tão rara…), aliado a essa paisagem deslumbrante, fizeram deste final de janeiro um evento, literalmente, inesquecível.

Goimar Dantas
São Paulo
31-01-09