E esquentando os motores para o lançamento da Biografia Cortez – A saga de sonhador, que acontece na próxima semana (conforme convite no post abaixo) em São Paulo, Recife, Natal, Currais Novos e Campo Redondo, disponibilizo aos leitores deste blog algumas imagens inéditas dos bastidores do processo de produção da biografia.

Nesta primeira imagem, que compõe o encarte de fotos do livro, vemos a miniatura de uma casa de taipa, típica do sertão nordestino, criação dos artesãos Marlos Camilo e Ruy Mazurek. O objeto enfeita o escritório do editor José Xavier Cortez, em São Paulo. Para mergulhar na vida do personagem, fotografei detalhes de sua casa e de seu ambiente de trabalho.

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Essa foi uma reunião histórica na Cortez Editora, ocorrida em 23 de outubro de 2008. Histórica porque contou com a presença de todos os envolvidos no processo de investigação sobre a vida de Cortez. Na foto, estamos eu, que começara as pesquisas havia pouco mais de um mês, Teresa Sales, que já se debruçava sobre a vida do personagem há mais de dois anos, e o cineasta Wagner Bezerra, autor de documentário Semeador de livros, lançado em março deste ano. Foi uma oportunidade rara para trocarmos informações sobre Cortez (que aparece à esquerda, todo prosa com tantos admiradores à sua volta, rs!). Essas reuniões eram sempre uma alegria. Isso porque Teresa mora no Recife, e Wagner, em Goiânia. Então, sempre que ambos vinham a São Paulo, aproveitávamos para trocar figurinhas sobre nosso personagem e os diferentes processos de trabalho que mantínhamos em paralelo: a biografia e o documentário.

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Enilson é irmão de Cortez e mora no sertão, numa casa vizinha ao Sítio Santa Rita, onde Cortez viveu na infância e na adolescência. Essa foto foi feita no dia em que o entrevistei (no total foram mais de 80 entrevistados, muitos dos quais tive de entrevistar várias vezes, tamanha a quantidade de informações que detinham). Essa imagem não entrou no livro, mas gosto tanto dela… Com paciência de Jó, é Enilson quem cuida para deixar a paisagem próxima ao Sítio Santa Rita tão bonita. Ele planta, colhe, rega, poda… Um sertanejo sonhador em meio ao seu oásis.

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Nesta foto, todo mundo feliz da vida no dia em que eu e Teresa assinamos o contrato para a publicação da biografia.

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Em quase dois anos de trabalho, esse foi um dos dias mais difíceis de todo o processo de produção da biografia. Quem me conhece sabe que uma das maiores dificuldades da minha vida é ter de acordar cedo… Pois nesse dia tive de estar de pé às cinco e trinta da manhã!! Isso porque tinha de acompanhar Cortez em seus exercícios matinais, no Parque da Água Branca, em São Paulo. Ele começa às 6h30, todo serelepe… Até hoje não sei como consegui fazer tantas fotos e entrevistar seus amigos numa hora que, para mim, ainda é alta madrugada. Foi um sufoco. Pensei seriamente em aparecer na casa de Cortez de pantufas, só pra fazer graça, mas, depois, em nome da seriedade profissional, desisti 🙂

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Aqui, uma imagem do dia 1º de março de 2010, que encerrou em definitivo a captação de notícias para a biografia. O texto já estava praticamente pronto. Mas faltava inserir informações sobre essa festa, no Teatro da Universidade Católica de São Paulo, o famoso TUCA, onde se comemorou os 30 anos da Cortez Editora. Uma semana depois, eu entregava a versão finalíssima da Parte II da biografia (Teresa é responsável pela Parte I).

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Durante todo o processo de captação de informações (e também da redação) recorri, principalmente, ao auxílio precioso de dois personagens importantíssimos: o primeiro deles é Leobaldo Dantas Cortez, primo do biografado e dono da memória mais espantosa de que já tive notícia em toda a minha vida. Leobaldo, que hoje trabalha na rede de livrarias Potylivros, que os irmãos de Cortez mantêm em Natal, trabalhou anos com Cortez, em São Paulo, e se lembra com riqueza de detalhes de fatos importantíssimos que me ajudaram a compor essa história.

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Outro personagem indispensável na redação desta biografia: José Nizário Gomes, conhecido, entre os amigos do mercado livreiro, como “seu Gomes”. Já para a família, “seu Gomes” é chamado de “Dedé”. Pois Dedé (como eu ouso chamá-lo também) trabalhou 20 anos com Cortez, em São Paulo, e me ajudou muitíssimo durante esses dois anos de pesquisa e escrita. Dedé foi um revisor atento do conteúdo dos originais que, acredito, deve ter lido umas dez vezes. Geralmente era ele quem fazia sugestões preciosas de histórias que não poderiam ficar de fora, além de, juntamente com Leobaldo, me auxiliar com datas e outros detalhes. Além disso, foi um cicerone incrível que me levou a conhecer a cidade de Currais Novos, onde nasceu Cortez. Fomos, inclusive, na famosa Mina Brejuí, considerada a maior em extração de Scheelita da América do Sul (a scheelita é utlizada, dentre outras coisas, para a confecção de armamentos bélicos).

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Nesta foto vemos o núcleo da família de Cortez em São Paulo: Potira (sua esposa, à esquerda , nos deixou em 2009… Fato que, sem dúvida, foi a maior tristeza desses dois anos de trabalho), Mara, Cortez, Miriam e Márcia. Sem os depoimentos sinceros e preciosos dessas meninas, filhas do protagonista, seria impossível conhecer a fundo meu personagem (meninas, obrigada!!!!!).

Bem, eu precisaria de um blog inteiro para agradecer todas as pessoas e também contar mais sobre os bastidores do livro. Mas, cadê o tempo? Vou tentar publicar mais algumas informações até domingo. Por ora, fica meu agradecimento a todos os que me auxiliaram nessa empreitada que exigiu tamanho fôlego. Mil vezes obrigada!!!!